Nem sempre é uma questão de fazer por merecer, às vezes é sobre fazer escolhas melhores. POR IARA FONSECA
Você não vai viver em paz se não fizer as pazes com o seu passado!
Dalai Lama, disse: “Nunca podemos obter paz no mundo exterior até que façamos as pazes com nós mesmos.”. E eu ouso dizer que, para viver em paz, precisamos honrar o nosso passado com tudo o que ele nos ofereceu: bênçãos e dificuldades.
O arrependimento, a dor, a vergonha, a culpa e a tristeza fazem parte da vida, mas quando esses sentimentos nos perseguem e se arrastam ao longo da vida, eles nos desconectam do verdadeiro sentido da vida, nos distrem e nos fazem viver em um estado de pesar constante.
O peso que carregamos, se torna insuportável e, inconscientemente, passamos a quebrar as promessas que fizemos para nós mesmos. Por não estarmos conscientes do alimento que estamos dando a nossa alma, começamos a fazer escolhas ruins, até destrutivas que nos prendem a um estado de sofrimento incapacitante.
Esse estado é de total descrença que torna a vida deplorável e nos conecta com uma frequência negativa que atrai para a nossa vida, mais situações problemáticas.
É quando a gente deixa as nossas feridas falarem e permite que o nosso ego ferido controle a nossa vida a tal ponto, que não se ouve mais a voz do coração.
O coração nos pede para perdoar, ter compaixão, agir com misericórdia e fortalecer a nossa fé, mas a mente traz a lembrança dos momentos mais desafiadores e se você não der a ela novos comandos, mais positivos, não trouxer a elas novas percepções sobre os fatos, você perde a capacidade de ver a beleza que existe e passa a enxergar tudo a sua volta com o peso dessa negatividade.
O ressentimento gera amargura, a raiva prejudica a nossa percepção da realidade e o apego a dor, apodrece as nossas intenções, nos oprime e enfraquece.
Nossas ações se tornam reativas porque se engatilham com as nossas memórias tristes e se retoalimentam na falta de aceitação e na negação da verdade.
O processo de cura tem início quando a gente decide se perdoar e quando a gente libera o perdão para aqueles que nos feriram. É através da reconciliação com tudo o que foi e com tudo o que é, que a gente se abre para perceber o que existe de bom na nossa vida.
É no perdão que você consegue quebrar diversos paradigmas que limitam a sua existência e dificultam as suas ações positivas no presente.
Todos temos feridas não cicatrizadas que precisam ser ressignificadas atráves da conexão entre a nossa mente inconsciente e o nosso coração. Isso acontece quando a gente consegue ir além da dor e reconhecer que aquelas dores deixaram marcas profundas, mas também nos ensinaram lições valiosas.
As nossas dores falam muito sobre quem nós somos. Como lidamos com elas ou como nos apegamos a elas, e as interpretamos, revela a verdade do que ainda precisamos aprender e trabalhar em nós.
Enquanto não nos perdoamos, ficamos amarrados ao passado e a dor que sentimos se faz presente, sempre que recordamos, mas também quando situações semelhantes se apresentam no aqui e agora.
Enquanto não perdoamos os outros, carregamos pesos desnecessários que dificultam a nossa caminhada e nos impedem de alcançar os nossos objetivos e cumprir as promessas que fizemos a nós mesmos. Nossos passos ficam mais lentos e não consegue seguir em frente.
Para fazer as pazes com o seu passado, você precisa se perguntar o que você aprendeu com ele. E aceitar que, você fez o que fez porque você não tinha o conhecimento que você tem hoje.
Devemos fazer esse mesmo movimento para perdoar os outros.
Se você soubesse, lá atrás, o que você sabe hoje, possivelmente, você teria agido diferente. Se acontecesse hoje, exatamente o que aconteceu no passado, certamente, você faria uma escolha mais consciente. Porque mesmo em estado de sofrimento, você avançou, menos do que você gostaria, mas avançou.
Mas quando você diz para você, palavras negativas como “eu sou uma pessoa ruim”, “eu não tenho como ser melhor”, eu sou burra (o)”, “nada dá certo pra mim”… você se torna tóxica (o) para si mesma (o).
Só o fato de você saber que faria escolhas diferentes do que fez, já é um forte indicativo de que você não é uma pessoa ruim, de que você já tem certa consciência e quer melhorar. Mas para tudo melhorar de fato, você precisa fazer as pazes com o seu passado e começar a perceber o que você tem de bom, honrar o seu passado e todos aqueles que fizeram parte dele. Perdoar não é esquecer, é liberar a dor e seguir mais leve.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Iara Fonseca, jornalista, escritora, editora de conteúdo dos portais Resiliência Humana, Seu Amigo Guru, Homem na Prática e Taróloga, facilitadora do método de AUTOEXPANSÃO.
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