“Quando o destino nos separa, tudo o que nos resta é o amor!” por Iara Fonseca

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“Quando o destino nos separa, tudo o que nos resta é o amor!” por Iara Fonseca.

Na maioria das vezes, a saudade é uma dor que nos arrebenta por dentro. Acreditar que a separação é motivo de sofrimento, na verdade, não é a realidade do sentido da saudade. A dor que vem com a perda é, em essência, fruto do nosso apego e da falta de aceitação diante da imprevisibilidade da vida.

Não é fácil nos desapegar de alguém com quem convivemos a vida inteira. Aquele que estava presente nos momentos mais difíceis e também nas nossas lembranças mais felizes, e não é fácil justamente porque não aceitamos que a vida é impermanente e nem acreditamos que a alma é eterna.

Fica ainda mais difícil quando passamos uma vida inteira ao lado dessa pessoa, e não sabemos como seria a vida, sem ela, simplesmente porque nem conseguimos lembrar quem a gente era, antes dessa pessoa entrar na nossa vida, já nos tornamos um, e aceitar essa dissociação se torna extremamente desafiador.

Quando não aceitamos que essa vida não é eterna, sofremos muito, porque acreditamos que a pessoa que partiu e nós mesmo, estaríamos mais felizes se estivéssemos juntos. E só pensamos assim, porque não temos certeza do que encontraremos fora daqui.

Porém, a maior certeza que temos nessa vida é que nada nem ninguém permanecerá para sempre nesse mundo ou em nossas vidas, tudo muda, tudo parte, e nada se leva daqui. Mas infelizmente, alimentamos a esperança do para sempre. E essa esperança nos arrebata intensamente no momento em que percebemos que mentimos para nós mesmos.

Se todos sabemos que a partida é certa, e só não sabemos quando isso acontecerá, porque sofremos tanto quando alguém que amamos vai embora desse mundo?

Porque não nos preparamos em vida para essa separação. Insistimos em achar que aquela pessoa sempre estará ali, ou, feito crianças birrentas, não queremos encarar a realidade.

Porque nos apegamos demais as coisas e as pessoas, e insistimos na ideia de que para sermos felizes de verdade, necessariamente, precisamos ter aqueles que amamos por perto.

Não conseguimos imaginar a nossa vida sem aquelas pessoas, sofremos antes que a partida aconteça e mais ainda quando ela acontece. E depois, alimentamos esse sofrimento quando enlutamos por um período muito maior do que a separação exige, e ficamos negando a sua partida.

Mas quando aceitamos o inevitável, quando acolhemos a beleza que existe na impermanência da vida e permitimos que a pessoa cruze o portal do pós vida de forma plena e feliz, na certeza de que existe algo além desse mundo, depois dessa vida… Quando sentimos que ainda existe muita vida em outro plano, aceitamos com mais leveza essa nova fase, e conseguimos deixar nascer a alegria diante da gratidão de termos tido a oportunidade de conhecer, conviver e desfrutar do amor ao lado dessa pessoa.

É natural se entristecer com a a partida daqueles que amamos, a tristeza não é dor irremediável, o sofrimento sim, nos prostra a alma, mas a tristeza é pura emoção, não é sentimento. O sofrimento se instala quando negamos a realidade e alimentamos a tristeza dia após dia.

A tristeza é apenas uma boa amiga que vem nos mostrar que tudo aquilo que vivemos ao lado daquela pessoa foi importante, ela vem nos fazer enxergar tudo pelo que devemos ser gratos e nos ajudar a retirar a lição diante do inevitável.

Ela nos mostra claramente o que realmente importa em nossa vida, e principalmente, quem realmente importa, porque não nos entristecemos por algo ou alguém que não nos é caro.

Quando entendemos a mensagem da tristeza, e agradecemos a sorte de ter vivido momentos memoráveis ao lado de pessoas tão importantes para nós, a tristeza vai embora e o que fica é um belo sentimento de amor que nos revela, de tempos em tempos, a nobreza que vive nas lembranças e nas recordações que colecionamos ao lado da pessoa que partiu.

Nesse momento de aceitação diante da impermanência da vida, conseguimos libertar a pessoa que amamos para que ela possa ser feliz nessa nova fase de consciência, também nos libertamos e nos abrimos para viver um novo ciclo, que obviamente, será diferente sem a pessoa ao nosso lado, mas poderá ser igualmente feliz e aceitarmos soltar o controle e pararmos de negar o inevitável.

O luto estendido nos adoece e nos tira tempo precioso, nossa alma fica tentando nos dizer que precisamos nos desapegar de tudo e de todos enquanto há tempo, que é necessário que aproveitemos cada minuto, que precisamos fazer valer a pena a nossa vida e, principalmente, que não devemos nos prender à coisas mesquinhas.

A vida passa depressa, e quem perde alguém que ama sabe muito bem disso.

Não devemos perder tempo com bobagens, com discussões vazias, com conflitos de interesses do ego. Precisamos nos ater a tudo que realmente importa e aproveitar a vida ao máximo, antes que ela nos escape, ou leve alguém que amamos.

Ao invés de alimentar a dor da saudade que dilacera a nossa alma, devemos alimentar o amor que fica e nos enche de gratidão. É assim que vida recomeça para todos, tanto para os que partiram, quanto para os que ficaram.

O destino não quer nos colocar em sofrimento tirando de nossas vidas quem amamos, mas o que muitos entendem por destino é simples e tão somente, uma força, que não se pode modificar nem controlar.

Destino é a natureza agindo para colocar cada coisa em seu lugar, cada ator em seu papel, e como vivemos missões e batalhas distintas, também sairemos daqui comprometidos a viver novas e diferentes histórias.

Deixar essa vida com certeza não é o fim. É apenas mais um início. O inicio de uma nova fase, com um novo propósito para ambas as partes. Isso, se conseguirmos enxergar assim, e se aceitarmos as mudanças com amor, caso contrário, a dor da partida se tornará sofrimento, e o sofrimento nos levará a depressão.

Afinal, o que mais pode causar a depressão do que a falta de aceitação da própria realidade?

Experimente parar de negar a verdade da vida e aceitar as coisas como são, pensar, sentir e agir positivamente diante do inevitável para você ver o que acontece!

O amor verdadeiro nunca morre, ele floresce, e se torna cada vez mais vivo em nossas lembranças mais felizes.

Quando aceitamos a partida como algo inevitável e necessário para a nossa evolução, passamos a aproveitar os dias com mais intensidade e não mais agimos como se fossemos eternos!

Não mais perderemos tempo com rusgas desnecessárias, e passamos a focar na dádiva que é ter aquelas pessoas ao nosso lado, mesmo que por períodos curtos, mesmo que por um único instante.

Quando o destino nos separa de alguém que amamos muito, o que nos resta é o amor, e esse já é um lindo presente que a vida nos deu.

Agradeça!

Aceitar o que o destino nos reserva não é fácil, mas é ainda mais difícil viver negando o inevitável!

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche</, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Iara Fonseca, jornalista, escritora, editora de conteúdo dos portais Resiliência Humana, Seu Amigo Guru, Homem na Prática e Taróloga, facilitadora do método de AUTOEXPANSÃO.

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Iara Fonseca
Iara Fonsecahttps://www.instagram.com/escritoraiarafonseca/
Jornalista, escritora, editora chefe e criadora de conteúdo dos portais RESILIÊNCIA HUMANA e SEU AMIGO GURU. Neurocoaching e Mestre em Tarot. Canalizadora do Método AUTOEXPANSÃO. Para contratação de criação de conteúdo, agendamento de consultas e atendimentos online entrem em contato por direct no Instagram.

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